A luta de classes é o objeto central a ser analisado em ?O Manifesto Comunista?. Marx e Engels partem de uma análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão social durante os séculos para explicar as relações entre opressor e oprimido e situar a burguesia moderna como nova classe opressor, porém, sem deixar de citar seu importante papel revolucionário ao destituir o poder monárquico e religioso em favor das liberdades econômicas, todavia, cabe agora ao proletariado a tomada do poder por meio de uma revolução socialista.
O Manifesto tem uma estrutura simples: uma breve introdução, três capítulos e uma rápida conclusão.
Na introdução é exposto o medo que as novas idéias comunistas causam aos conservadores, deixando claro a força dessas idéias e seu teor revolucionário. Após a introdução, a historia da humanidade é brevemente contada até os dias atuais, onde o mundo é composto por duas classes antagônicas: a burguesia e o proletariado. A parte II, intitulada "Proletários e Comunistas", inter-relaciona o papel do proletariado e do comunismo, sendo justamente esse proletariado o agente principal da revolução que derrotaria a supremacia burguesa e implantaria o comunismo. A parte III, (Literatura Socialista e Comunista) faz fortes críticas às diferentes correntes socialistas da época, alegando que diversas vertentes não possuíam intenções e objetivos verdadeiramente socialistas. Em sua conclusão, ?o manifesto comunista?, de maneira triunfalista e otimista, encerra seu discurso, conclamando a classe operaria a se unir contra a burguesia em uma revolução socialista capaz de mudar o mundo.