Sociologia
A juventude e o ensino de sociologia nas escolas
Texto de apoio: A juventude no contexto do ensino da Sociologia: questões e desafios? Juarez Tarcísio Dayrell
Esta aula pode acarretar diferentes possibilidades, sendo uma delas a pesquisa. O objetivo é que os alunos desenvolvam uma pesquisa sociológica em busca do que é o jovem, quais os desafios, quais as problemáticas.
Entrevistas: metodologia à entrevistar amigos e salas vizinhas
è No Brasil, a juventude é levada a serio?!
Procurar musica à O jovem no Brasil nunca é levado a sério
Como é a participação dos jovens nas escolas?
è Tensão: escola/aluno à a escola como obrigação
è Quais são as culturas, demandas e necessidades da juventude?
è Quem são os jovens alunos que chegam às escolas? Quais são os preconceitos dos professores, gestores, etc em relação a esse grupo social?
è Mas afinal, o que é juventude?!
Ø De maneira geral a sociologia entende que ?juventude? é uma categoria socialmente construída à ou seja, existe dentro de um contexto histórico, social, cultural, etc;
Ø Trata-se de uma categoria dinâmica;
Ø Não existe uma juventude, mas jovens que se localizam e experimentam contextos sociais, culturais, políticos, econômicos, etc.
Ø O autor do texto fala em condição juvenil; à condição: enquanto maneira de ser perante a ... à a sociedade é quem atribui valores a essa condição;
Ø Entretanto, existem diversos recortes pelos quais é possível pensar essa experimentação;
?Assim, existe uma dupla dimensão presente quando falamos em condição juvenil. Refere-se ao modo como uma sociedade constitui e atribui significado a esse momento do ciclo da vida, no contexto de uma dimensão histórico-geracional, mas também à sua situação, ou seja, o modo como tal condição é vivida a partir dos diversos recortes referidos às diferenças sociais ? classe, gênero, etnia, etc.? (p.68)
è O trabalho com pesquisa
Ø Identificar o lugar social dos jovens em questão
Ø Quais são os desafios para esses jovens?
?No Brasil, a juventude não pode ser caracterizada pela moratória em relação ao trabalho, como é comum nos países europeus. Ao contrário, para grande parcela de jovens, a condição juvenil só é vivenciada porque trabalham, garantindo o mínimo de recursos para o lazer, o namoro ou o consumo.? (69)
?Os dados da PNAD de 2006 apontam que 66,5% dos jovens estavam envolvidos de alguma forma com o mundo do trabalho. Boa parte deles só trabalha (41,3%), já estando fora da escola, o que não significa que concluíram o Ensino Básico, pois 50% destes não completaram o Ensino Médio. Mas há um grande contingente que alia trabalho e estudo, significando 15,4% dos jovens, o que certa-mente influencia no percurso escolar. As relações entre o trabalho e o estudo são variadas e complexas e não se esgotam na oposição entre os termos. Para os jovens, a escola e o trabalho são projetos que se superpõem ou poderão sofrer ênfases diversas de acordo com o momento do ciclo de vida e as condições sociais que lhes permitam viver a condição juvenil.? (69)
Ø Não esquecer também do DESEMPREGO
Ø Sentimento de fracasso à porta para o desânimo, frustração, entre outros;
?Nesse sentido, o mundo do trabalho aparece como uma mediação efetiva e simbólica na experimentação da condição juvenil (...)?
è Culturas juvenis, quais são elas?
Ø Mundo da cultura como espaço de práticas à marcam identidades à ?As culturas juvenis, como expressões simbólicas da condição juvenil (...)? (70) à statussocial almejado à ostentações
?Nesse contexto, ganham relevância os grupos culturais. Se na década de 1960 falar em juventude era referir-se aos jovens estudantes de classe média e ao movimento estudantil, a partir dos anos de 1990, implica incorporar os jovens das camadas populares e a diversidade dos estilos e expressões culturais existentes, protagonizada pelos punks, darks, roqueiros, clubers, rappers, funkeirosetc. Mas também pelo grafite, pelo break, pela dança afro ou mesmo pelos inúmeros grupos de teatro espalhados nos bairros e nas escolas. Muitos desses grupos culturais apresentam propostas de intervenção social, como os rappers, desenvolvendo ações comunitárias em seus bairros de origem.? (p.71)
?Por meio da produção dos grupos culturais a que pertencem, muitos deles recriam as possibilidades de entrada no mundo cultural além da figura do espectador passivo, colocando-se como criadores ativos. Através da música ou da dança que criam, dos shows que fazem, dos eventos culturais que promovem, eles colocam em pauta no cenário social o lugar do pobre (GOMES; DAYRELL, 2003).? (p.71)
è Sociabilidade
Ø A ?turma? como referência para os jovens à escola, trabalho, espaços de possibilidades;
Ø Criar identidades;
Ø A questão da masculinidade entre os jovens à o mais corajoso, etc à o que significa ser o mais corajoso? Por quê?
Ø Pensar os espaços de construção das sociabilidades juvenis;
è Espaço e tempo
Ø Espaço do fluir da vida à o espaço físico vira o espaço social;
Ø Tempo à a condição juvenil apresenta uma forma própria de viver o tempo à ?(...) predomínio do tempo presente(...)? (p.73)
Ø O tempo que ?prende? e o tempo que ?liberta? à o que te prende e o que te liberta?!
Ø O tempo presente pode ser vivenciado de diferentes maneiras a partir dos diferentes espaços à por exemplo, na escola, no trabalho, na rua, etc.
è A transição para vida adulta
Ø A condição juvenil apresenta constante vai e volta à experimentações culturais de hoje não são mais as mesmas de amanhã à a música é um grande exemplo.
Ø No amor à prevalece o ?ficar?
Ø O cotidiano é monótono e faz com que o jovem procure vivenciar diferentes experiências.
?Para muitos desses jovens, a vida constitui-se no movimento, em um trânsito constante entre os espaços e tempos institucionais, da obrigação, da norma e da prescrição, e aqueles intersticiais, nos quais predomina a sociabilidade, os ritos e símbolos próprios, o prazer. É nesse trânsito, marcado pela transitoriedade, que vão se delineando as trajetórias para a vida adulta. É nesse movimento que se fazem, construindo modos próprios de ser jovem.? (p.74)
Ø A transição para a vida adulta nos dias de hoje não é mais definida por passagens estancadas, como o final da escola à os limites são mais flexíveis.
Ø Incertezas à para os jovens pobres, essas são ainda maiores;
Ø Como elaborar projetos de futuro?
Ø O que pensam sobre o futuro?!
Ø Duas classificações: jovens que ?buscam? trilhar um futuro; jovens que aguardam a própria sorte à estes últimos estão ?buscam se refugiar na vivencia do presente? (75), ficando sujeitos a situações contraditórias à drogas, marginalização, etc.
è Processos de socialização
Ø Tais processos se transformam de geração em geração à fazem-se como reflexos do que a sociedade espera do que é ser jovem e do que é ser um indivíduo social à dialética juvenil.
Ø Pensar nas instituições responsáveis pelas socializações dos jovens à contextos sociais múltiplos à família, amigos, escola, igreja, clubes, etc.
è Os jovens e a escola
?A progressiva massificação do Ensino Médio, principalmente a partir da década de 1990, faz com que um contingente de jovens cada vez mais heterogêneos transponha os muros da escola, trazendo com eles os conflitos e as contradições de uma estrutura social excludente, que interfere nas suas trajetórias escolares e colocam novos desafios ao Ensino Médio? (77)
Ø ?a escola é invadida pelo mundo juvenil (...)? (77)
Ø O tornar-se aluno já não é algo fixo e determinado à existe uma disputa
?O jovem vivencia uma tensão na forma como se constrói como aluno, um processo cada vez mais complexo, no qual intervêm fatores externos (o seu lugar social, a realidade familiar, o espaço onde vive, etc.) e internos à escola (a infraestrutura, o projeto político-pedagógico etc.).? (p.77)
Ø Como ser jovem e aluno?!
Ø A escola se constitui como um campo aberto
Ø interesses pessoais X demandas escolares
?A escola e muitos dos seus profissionais ainda não reconhecem que os alunos que ali chegam trazem experiências sociais, demandas e necessidades próprias.? (p.78)
?A escola tem de se perguntar se ainda é válida uma proposta educativa de massas, homogeneizante, com tempos e espaços rígidos, numa lógica disciplinadora em que a formação moral predomina sobre a formação ética, em um contexto de flexibilidade e fluidez, de individualização crescente e de identidades plurais.? (p.78)
Ø a escola precisa entender as especificidades dos jovens à quais são essas especificidades?
è A escola e a sociologia
Ø O professor de sociologia precisa encarar seu papel não apenas como professor, mas também como sociólogo e buscar interpretações acerca dos sujeitos e grupo s envolvidos no processo escolar à a escola como campo de pesquisa;
Ø Fazer como que o jovem se reconheça como sujeito de suas identidades e experimentações sociais à compreensão ampla da realidade social;
loading...
-
Jovem Guarda
A Jovem Guarda foi um programa de televisão surgido em meados da década de 1960, que mesclava música, comportamento e moda. Surgida em agosto de 1965, a partir de um programa televisivo exibido pela TV Record, em São Paulo, apresentado pelo cantor...
-
Protagonismo Juvenil
Na última enquete sobre o principal problema enfrentado em sala de aula o resultado foi: 71% refere-se à Falta de motivação dos alunos. Aproveito para postar o artigo de Branca Sylvia Brener sobre Protagonismo Juvenil, com certeza uma alternativa...
-
Movimentos Culturais Juvenis
Queridos leitores, nessa manhã de domingo, quero lhes brindar com a entrevista que a Dirce Zan deu à Revista Alfilo, da Faculdade de Filosofia e Humanidades, em Córdoba, na Argentina. Com o título: "Precisamos compreender as novas linguagens dos...
-
Projeto A Voz Dos Estudantes
Justificativa O jovem como sujeito social tem a possibilidade de criar intervenção crítica e ter responsabilidade social, contudo é negado a juventude, através de visões preconceituosas e estigmatizadas, a sua participação social e a sua emancipação...
-
Debate Sobre Juventude No Iear
Prezad@s, Só para lembrar: no dia 12 de novembro, próxima sexta-feira, às 19h, o IEAR vai receber Paulo Carrano, professor da FEUFF, para falar sobre "Os jovens e a cidade: identidades e práticas culturais em Angra de tantos reis e rainhas". Nesse...
Sociologia