AVANÇO DA GRIPE - Vírus deixa chimarrão mais amargo
Autoridades sanitárias na Argentina abrem polêmica ao condenar mate compartilhado
O vírus da gripe que assombra os gaúchos pode atingir um dos símbolos do Rio Grande: a roda de chimarrão, tradição em torno da qual, ao longo dos anos, enquanto a cuia passa de mão em mão, foram tramadas revoluções, realizados negócios, compostas poesias e declarados amores.
Na Argentina ? onde já morreram 44 pessoas com a doença ?, os médicos da Fundação do Centro de Estudos Infectológicos, Roberto Debbag, e o presidente da Sociedade Argentina de Infectologia, Pablo Bonvehí estão desaconselhando o mate compartilhado por entender que contribui para o alastramento do vírus.
? Seria uma insanidade desaconselhar as rodas de mate ? diz o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra.
Terra enfileira três razões. A primeira é que o nível da presença do vírus no Rio Grande do Sul é bem inferior ao da Argentina. A segunda é que há um costume entre os gaúchos: o de as pessoas gripadas ficarem fora da roda de mate. Por último, Terra diz que há formas nas quais a transmissão é mais fácil.
? É muito mais perigoso uma mão suja para transmitir o vírus do que o chimarrão ? afirma.
Teoricamente, é possível acontecer a transmissão da doença pela bomba de chimarrão, alerta o médico Luciano Goldani, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e chefe da unidade de infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O vírus é transmitido pelo ar, está presente na secreção respiratória, pode se misturar à saliva e ir parar na bomba do mate, mas ele só sobreviverá se a temperatura do metal estiver abaixo dos 70°C.
Breno Riegel Santos, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Conceição, define a situação que se criaria, caso fosse desaconselhada a roda de mate:
? Seria mais uma contribuição para valorizar um vírus menos perigoso que das gripes comuns.
Paixão Côrtes, folclorista e um dos baluartes da cultura gaúcha, lembra que há uma tradição entre os mateadores do Rio Grande do Sul.
? Sempre que alguém sofre de algum mal, como uma gripe, ele não toma o chimarrão ? explica.
Faça chuva, faça sol, Manoel Olmedo, 69 anos, está no Arco do Expedicionário, no Parque Farroupilha, em Porto Alegre, com as suas garrafas térmicas com água quente e uma cuia de mate. Ele integra uma das dezenas de rodas de mate que acontecem pela manhã no parque.
? Tenho essa rotina há mais de 20 anos e não vou interrompê-la agora por causa da gripe ? garante.
Fonte: Jornal Zero Hora - nº16018 - 02 de Julho de 2009.
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