EGYLE
Sociologia

EGYLE


Por: Claudio Fernando Ramos, 25/10/2014. Cacau ?:¬)
Egyle Nascimento, esse é o seu nome. Como é comum na Região Nordeste desse país, ela também recebeu mais um desses nomes inusitados. Passei anos, na condição de seu professor, tentando pronunciar esse nome sem cometer gafes, inútil. Mas uma montadora de automóvel veio ao meu socorro. Sou muitíssimo grato!  Assim que lançaram um determinado modelo, me foi possível, finalmente, pronunciar o nome de minha mais cara aluna sem cometer maiores deslizes. A rigor, o nome da minha amiga (Egyle) não é o mesmo do automóvel (Agile); mas, como se pode perceber, ajudou um bocado. Propagandas de carros, cervejas, bancos e telecomunicações são coisas fartas nas mídias nacional. Pela primeira vez uma delas me trouxe algum beneficio direto.
Brincadeiras à parte, estou aqui para homenagear uma das minhas melhores alunas; esse melhor não está necessariamente relacionado ao rendimento numérico da mesma (notas e médias escolares); mas, principalmente, aos valores e princípios que o seu ser encerra.

Exerço, como alguns já sabem, docência na área da filosofia, omiti intencionalmente o verbo ensinar porque soa estranho demais; segundo Kant, pensador alemão do século XVIII, filosofia não se ensina, quando muito ajudamos as pessoas a filosofarem. E é exatamente isso que essa jovem vem fazendo sem maiores dificuldades nos últimos anos. Platão disse que filosofia não é para todo mundo, se ele está correto, essa deve ser a razão pela qual poucos querem gastar tempo pensando. Contrariando a postura pragmática do populacho, a jovem Egyle deseja, a exemplo dos dogmáticos, encontrar-se com a verdade; mas também não aceita, a exemplo dos céticos, as verdades já estabelecidas. Essa postura simples e significativa, faz toda diferença. Alguém já disse que são as perguntas que movem o mundo e que a filosofia nasce do espanto.

Nasci em uma época em que os jovens se faziam representar; já na década de oitenta, as luzes desse período começaram a se apagar juntamente com os últimos acordes do rock pop Brasil; na década seguinte, a de noventa, os sonhos de uma ex-gloriosa juventude já estavam comprometidos!


Hoje, mesmo não podendo prever o que virá a seguir, o que por hora vislumbro não me traz bons auspícios. Porém, se alguns dos jovens, com quem lido diariamente, desenvolverem pela vida e pelo conhecimento postura semelhante à dessa menina de nome exótico, nem tudo estará perdido! Se assim for, é bem possível que outra primavera, semelhante à de Praga, faça florescer incontáveis jardins no interior dos corações juvenis. Cacau ?:¬)        



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