Evoluindo máquinas e desvalorizando homens.
Sociologia

Evoluindo máquinas e desvalorizando homens.



A camada burguesa tem sua origem no período feudal onde faziam parte da sociedade como comerciantes, seu modo de obtenção de lucro era por meio da troca de mercadorias. Com a evolução dos meios de navegação e de transporte novos comércios foram sendo descobertos onde a necessidade de mercadorias tomou uma parte fundamental para a obtenção de riquezas. Sendo assim o sistema de manufatura tomou seu lugar onde havia um maior número de trabalhadores e uma divisão do trabalho, mas ainda a ferramenta de trabalho era as próprias mãos, por isso o nome manufatura. Mas neste meio tempo os mercados continuaram a crescer, em consequência disto surgiu a máquina, revolucionando a forma de produzir.

A partir do novo modo de produção, que introduziu a maquinaria, tornou-se possível o trabalho de mulheres e crianças, devido ao fato do trabalho poder ser exercido por pessoas sem força muscular ou físico desenvolvido. Disso, decorre o crescimento da exploração humana, o homem além de vender sua própria força de trabalho, ve-se obrigado, por necessidade de sobrevivência, a vender o trabalho de sua mulher e filhos.

A exploração do trabalho infantil ocorria de forma absurda, algumas crianças chegavam a ser mercadoria de leilões, nos quais eram alugadas para prestação de serviços diversos. Contrariando a lei que estipulava que os menores de 13 anos não podiam trabalhar mais de seis horas diárias, os compradores nos leilões preferiam crianças com aparência de serem maiores de 13 anos, pois poderiam trabalhar como um adulto.

Além disso, devido à inclusão da mulher no trabalho, as crianças pequenas ficavam abandonadas ou mal cuidadas. As mães se tornavam estranhas aos filhos e chegava ao ponto de algumas que entorpeciam ou mesmo envenenavam seus próprios filhos. A mortalidade infantil decorria, ainda, de trabalhos de risco que as crianças exerciam na produção.

Como anteriormente citado, havia algumas leis que limitavam o trabalho das crianças e, por isso, essas eram menos remuneradas no trabalho, porém algumas empresas burlavam estas leis e contratavam crianças de 13 (ou aparentemente 13) anos para trabalharem como homens adultos. (Alguns pais preferiam que os filhos trabalhassem nessas empresas, pois ganhariam mais).

Ao trabalho infantil ser reconhecido como uma "máquina de produzir mais-valia" por alguns pensadores surgiram leis fabris que, entre outras coisas, exigiam que as crianças estudassem. Tais leis eram ilusórias, pois as escolas eram extremamente precárias e essas crianças nada aprendiam.

Em 1844 foi conseguido que o mestre-escola tivesse que escrever a punho o numero e assinatura dos certificados escolares. Porém a precariedade das escolas perdurava, nas salas de aula, ficavam em torno de 75 crianças, que, além de cansadas do serviço diário, não conseguiam se concentrar. Não havia ensino, apenas atestados de presença. Além de tudo, havia ainda a falta de materiais.

Concluindo, a situação de explosão e consolidação do capitalismo foi de extrema valorização do acúmulo de capital em detrimento do valor da vida.


Cássio Balatore Giansante/Naiara Cristina Rosa Araújo/ Marianna Ambrosio / Thaís Monteiro Braga/ Danielle Nogueira/Mayara Laudares - 1º Ano de Serviço Social - Diurno.




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