Para Engels o socialismo não pode ser metafísico e nem utópico. Ao analisar a sociedade e dessa forma, para se obter uma política correta, é necessário ser materialista dialético, ou seja, a missão do materialismo como ciência é desvendar as leis do desenvolvimento histórico através de pesquisas que fornece à ciência os materiais positivos correspondentes. Este novo socialismo consistia em decifrar as leis históricas e as contradições inerentes ao capitalismo.
Engels e Marx partem da observação do mundo real e assim concluem que a política, a cultura, a mentalidade e as instituições emanam da estrutura econômica (o capitalismo). As respostas para os males não está nas ideias, mas na própria história. Para Engels e Marx a produção é a base da ordem social. Porém as causas profundas se davam no meio de produção, onde muitas vezes os trabalhadores eram alienados do conhecimento intelectual e passavam a conhecer apenas a sua força de produção.
A ciência é o que faz com que o capitalismo se perpetue, através dos modos de superprodução. O mal do capitalismo não está na modernidade, mas sim no processo de mais-valia, onde o patrão se apropria do trabalho não pago ao trabalhador. Esse processo já era explorador, mas que se intensificou com o uso de máquinas, onde houve uma produção excedente, ou seja, passou-se a produzir mais, em menos tempo, fazendo com que dessa forma os trabalhadores gerassem mais lucros, mas não teriam direito a recebê-los.
A ideologia de Engels e Marx teve grande importância para desvendar os problemas sociais com o objetivo de converter as forças produtivas em benefício à classe trabalhadora.