Para as Turmas do 2º ano: Desde que nascemos somos educados/as para conviver em sociedade, porém de maneira distinta, caso sejamos menino ou menina. Esta distinção influencia, por exemplo, a decoração do quarto da criança, a cor das roupas e dos objetos pessoais, a escolha dos brinquedos e das atividades de lazer. Assim que mãe, pai e familiares recebem o resultado do ultrassom, passa-se a ?desenhar? o lugar da criança. Se menina, roupas e decorações cor-de-rosa. Se menino, tudo azul. Num passado não muito distante, quando não havia o recurso de informação prévia do sexo biológico da criança, a maior parte do enxoval era verde água ou amarelo. À medida que crescemos, por meio dos brinquedos, jogos e brincadeiras, dos acessórios e das relações estabelecidas com os grupos de pares e com as pessoas adultas, vamos também aprendendo a distinguir atitudes e gestos tipicamente masculinos ou femininos e a fazer escolhas a partir de tal distinção, ou seja, o modo de pensar e de agir, considerados como correspondentes a cada gênero, nos é inculcado desde a infância.
Na família, assim como na escola, é fundamental que as pessoas adultas, ao lidarem com crianças, percebam que podem reforçar ou atenuar as diferenças de gênero e suas marcas, contribuindo para estimular traços, gostos e aptidões não restritos aos atributos de um ou outro gênero. Por exemplo, deve ser estimulado nos meninos que sejam carinhosos, cuidadosos, gentis, sensíveis e expressem medo e dor. Quem disse que ?homem não chora?? As meninas, por sua vez, podem ser incentivadas a praticar esportes, a gostar de carros e motos, a serem fortes (no sentido de terem garra, gana), destemidas, aguerridas. Tal aprendizado das regras culturais nos constrói como pessoas, como homens ou mulheres.
Se quisermos contribuir para um mundo justo em que haja equidade de gênero, devemos estar atentos para não educarmos meninos e meninas de maneiras radicalmente distintas. Devemos prestar atenção no quanto a socialização de gênero é insidiosa. Oferecer aos meninos e aos rapazes apenas espadas, armas, roupas de luta, adereços de guerra, carros, jogos eletrônicos que incitem à violência é facultar como único caminho para a sua socialização a agressividade, o uso do corpo como instrumento de luta, a supervalorização do gosto pela velocidade e pela superação de limites. Ou ainda, de modo mais sutil, oferecer apenas aos meninos bola, bicicleta e skate, por exemplo, lhes indica que o espaço público é deles, ao passo que dar às meninas somente miniaturas de utensílios domésticos (ferro de passar roupa, cozinha com panelinhas, bonecas, batedeira de bolo, máquina de lavar roupa etc.) é determinar-lhes o espaço privado, o espaço doméstico. Queremos dizer que nos jogos com bonecas, fogõezinhos, panelinhas e ferrinhos de passar as garotas, da infância à adolescência, vão se familiarizando com o trabalho doméstico, como se não houvesse alternativa às mulheres que não o interesse com o cuidado do lar e de filhos/as.
Os modelos de homem e de mulher que as crianças têm à sua volta, na família e na escola, apresentados por pessoas adultas, influenciarão a construção de suas referências de gênero. Quando a menina e o menino entram para a escola, já foram ensinados pela família e por outros grupos da sociedade quais são os "brinquedos de menino" e quais são os "brinquedos de menina". Embora não seja possível intervir de forma imediata nessas aprendizagens no contexto familiar e na comunidade, a escola necessita ter consciência de que sua atuação não é neutra. Educadores e educadoras precisam identificar o currículo oculto que contribui para a perpetuação de tais relações. A escola tem a responsabilidade de não contribuir para o aumento da discriminação e dos preconceitos contra as mulheres e contra todos aqueles que não correspondem a um ideal de masculinidade dominante, como gays, travestis e lésbicas, por exemplo. Por isso, educadores e educadoras são responsáveis e devem estar atentos a esse processo.
Fonte: Curso Gênero e Diversidade na Escola no endereço:
www.ufpa.br
loading...
O 8 de março, a docência e a educação com feminismo já foram tratadas em algumas postagens passadas. Mas a cada ano que passa, mesmo caminhando a pequenos passos, se faz necessário expressar e explicitar o quanto precisamos...
por Diney Lenon de Paulo A diversidade cultural na escola tem sido alvo de diversos estudos e produções acadêmicas. Esse interesse crescente se associa à grande necessidade que educadoras, educadores e profissionais da educação têm demonstrado...
Atenção Turmas do 2º ano! Dando continuidade acerca do conteúdo Pedofilia, abaixo está o texto de Jane Felipe de Souza , que é a continuação da postagem anterior, com algumas rupturas: Pedofilização como prática social contemporânea O conceito...
Alô, alô mulherada de plantão! Para os meninos e meninas ficarem atentos a importancia da mulher na sociedade, com a intenção de adotarmos uma postura diferente frente as questões de genero, adiciono o audiovisual retirado do YouTube que busca valorizar...
Essa intervenção foi realizada em dois momentos (antes e depois do recesso junino), ela visou elucidar e provocar reflexões acerca da temática. No primeiro momento, a atividade foi realizada em duas turmas (3B e 3F), pelas bolsistas Taiala...