Sociologia
O fato como objeto de estudo
O Brasil sofre hoje com um dos maiores números de presidiários do mundo, por quê? Por que é um país subdesenvolvido, de terceiro mundo? Por que não possui uma raça definida ou porque esta mistura é inferior aos outros padrões de vida? Talvez o motivo seja exatamente tais generalizações. Na Suécia o sistema carcerário revolucionou todos os exemplos tidos até então. Não por ser um país rico, mas por ser uma nação à favor dos direitos humanos. Que acredita na reabilitação não apenas como medida remediativa como por exemplo o Centro Pop de Franca, São Paulo, mas como condição por qualidade de vida e um futuro menos violento. O Brasil erra ao tentar diminuir e desvalorizar seus problemas, quando uma melhor solução seria prover educação e saúde decentes - o que por si só já reduziria consideravelmente a criminalidade aqui - e também deveria parar de crucificar seus pecadores. O crime não uma característica humana, mas sim social.
Para compreendermos esta perspectiva de forma mais ampla, analisemos a partir do método de Émile Durkheim. Ele nos propôs lidar com o fato social como fazemos ao estudar algo, transformando este fato, seja social ou psicológico em objeto, entretanto é necessário o distanciamento emocional, para que assim a análise não seja corrompida por nossas vivências pessoais e sim realize-se de maneira imparcial e satisfatória para a ordem geral.
A racionalização teorizada, consideraria ambos os exemplos casos extremos e opostos que não auxiliam no progresso natural da sociedade. Para ele, o crime é natural e deve existir pelo menos em uma razão mínima, estabelecendo assim que tais atos não devem existir, por exemplo, imaginemos uma criança com uma metade de limão à sua frente, seu primeiro impulso é levar o limão à boca, e ao sentir o gosto azedo sua reação é fazer uma careta e se afastar, minutos depois, já esquecida do ocorrida, a criança se depara com o limão novamente e a cena se repete, minutos depois, mesmo com a curta memória dos bebês, ao pegar o limão a criança já faz a careta antes de experimentar. Ele supõe que o mesmo ocorre com o crime, pois as pessoas apenas saberiam que seus atos são proibidos se houvesse exemplos de que outros foram punidos.
Fernanda da Costa e Silva, 1º SS noturno
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