O espírito do capitalismo nos é apresentado no texto de Max Weber como um conjunto de preceitos que se relacionam com a ética protestante através das virtudes por esta defendida.
Para o capitalista, as virtudes são utilitaristas e buscam o lucro pelo lucro; o acúmulo cada vez maior de dinheiro, deixando de lado, se preciso, o próprio conforto para que se possa acumular mais.
Para o capitalismo o homem é virtuoso se trabalhar muito e gastar pouco.
A honestidade é tida como virtude, entretanto tem função prática e não só moral. O homem honesto honra as dívidas e isso lhe concede crédito quando necessário; A confiabilidade jurídica que sustenta o capitalismo deriva da ética protestante que prega a confiabilidade no pagamento de dívidas, e quando tal confiabilidade é ameaçada, crises podem surgir, como por exemplo a relacionada à aprovação de um pacote de medidas pelo governo americano para poder continuar pagando seus credores.
Max Weber afirma que o capitalismo não se implantou naturalmente e que teve de lutar contra a natureza humana, pois, segundo o autor, o acúmulo pelo acúmulo era visto como a mais vil avareza.
Recentemente um movimento social prega uma vida ?anti-consumista? e afirma que o fim do homem não é o acúmulo de riqueza. Tal movimento é conhecido como ?freeganismo?. O movimento adota práticas como a permuta de materiais, cultivo da própria comida, recuperação de objetos jogados fora e outras práticas que pretendem diminuir o consumo, se possível a zero, e viver de maneira leve e desprendida.
Muitos dos adeptos não trabalham, pois afirmam que o simples ato de trabalhar faz com que o homem se desvirtue de sua natureza, alguns trabalham por alguns períodos para acumularem o suficiente para subsistirem.
A ética do movimento é a representação máxima do ?anti-espírito capitalista?. Mesmo que no passado tal espírito tenha sofrido repúdio , tenha sido visto como avareza e tenha conseguido superar tal visão, atualmente ele ainda repudiado por alguns pelos mesmos motivos.