Sobre a subjetividade e a objetividade do trabalho
Sociologia

Sobre a subjetividade e a objetividade do trabalho


Antes da Revolução Industrial, durante a fase chamada pré-capitalista, os trabalhadores detinham os meios de produção e o conhecimento de todas as etapas do processo produtivo; prevalecia, dessa forma, a subjetividade do trabalho. Os trabalhadores possuíam uma visão integral do processo de fabricação do produto e do seu papel nesse respectivo processo, ou seja, sua finalidade na grande roda da indústria, ou ainda mais anteriormente, em seu grupo social. Além desse conhecimento e a participação integral, é importante frisar o lado subjetivo da especialização do trabalho, ou seja, nas manufaturas, cada trabalhador poderia ?escolher?, de acordo com as suas habilidades individuais e ferramentas, o seu papel específico na produção como um todo, e isso é ainda mais claro no meio de produção artesanal.
Pode-se então citar Dejours para ilustrar a diferenciação da subjetividade e a objetividade do trabalho:
? A subjetividade do trabalhador tornou-se fragmentada na atual sociedade capitalista. A busca por pequenos gozos narcísicos, os novos modelos de produção e gestão, representados atualmente pelo toyotismo, e a disseminação de uma ideologia tipicamente alicerçada nos valores sociais e econômicos capitalistas, foram capazes de propiciar o sequestro da subjetividade do trabalhador e, consequentemente levá-lo a enfrentar condições físicas e psicológicas de trabalhos cada dia mais precárias.?
A apropriação dos meios de produção pela burguesia. Êxodo rural gerou um grande exército de reserva, discurso ideológico baseado na produção e consumo. -> Divórcio entre o produto e os meios-de-produção e o conhecimento.
Quanto a objetividade, o êxodo rural, consequência da maquinização do trabalho rural, gerou um grande exército de reserva pronto para atuar na indústria da cidade. Isso leva a um meio de produção mecânico, onde o homem se torna apenas um instrumento de produção para assegurar a manutenção do novo sistema capitalista da sociedade. No entanto isso gera insegurança ao trabalhador da cidade em relação à estabilidade de seu emprego, que sabe que pode ser facilmente substituído por novos maquinários. E então, já não tendo grande influência sobre o produto final, somente obedecendo ordens da classe que realmente detém os meios de produção (burguesia), e ainda desestimulado pela insegurança, a subjetividade dentro de seu trabalho diminui cada vez mais.


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