Sociologia
[Reflexão] TRISTEZA OU FELICIDADE "MEIA BOCA"
Até pouco tempo eu acreditava piamente que um dia eu seria plenamente feliz. Hoje percebo que consigo fazer outras pessoas felizes, mas não eu. Até pouco tempo eu afirmava que minha felicidade consistia em fazer quem eu amo feliz. Hoje confesso que isso já não me alegra tanto assim. Se os faço felizes, não é necessariamente porque isso me alegra, faço por compaixão, faço por obrigação. Bem... Se for sem brio da minha parte, que seja, se será por obrigação, que seja, mas os que eu estimo merecem ser felizes, e serão. O que devo salientar aqui, deixando explicito para todos, é o mau que a infelicidade dos meus me proporciona.
Entretanto, enquanto a tristeza de quem eu amo me arruína, minha própria tristeza me inspira. Essa não é uma tristeza ?cafona?, acompanhada de um sentimento de impotência (não tenho predisposição para fazer papel de coitado). É uma tristeza questionadora, sedenta por soluções (mais efetivas e menos afetivas) e com poder de transformação. Minhas tristezas sempre resultam em profundas mudanças, e mesmo que essas não necessariamente sejam as mudanças que eu gostaria, elas, quase sempre, são muito positivas. Se através delas eu não ingresso no padrão de felicidade dos comerciais de margarina, ao menos dou à minha vida novos rumos, orientados por um horizonte ampliado, fruto de uma agudeza que só uma ?doce? melancolia pode proporcionar.
O ano de 2010 não deixara saudades e não contribuiu em nada na construção de uma suposta felicidade, muito pelo contrario. Não me estenderei muito falando desse execrado ano, mas saliento que não foi nada fácil. Mas como tudo nessa vida (ou quase tudo) tem uma utilidade, todas as experiências negativas desse ano de 2010 servirão para eu entrar mais forte em 2011.
E aproveitando que fim de ano é época de promessas e que esse melancólico e maldito ano de 2010 está acabando, seguindo a tradição, com uma calejada esperança por um 2011 prospero, eu ei de prometer para esse próximo ano, dentre muitas promessas impublicáveis, muito esforço, muita vontade, muita luta, todas elas alicerçadas pelos bons valores que minha adorada mãe me passou. Já nem me preocupo mais em ser totalmente feliz, já procurei ingloriamente por isso durante as duas ultimas longas décadas... Desisti. Mas, se não posso ser plenamente feliz, prometo que farei o possível e o impossível em 2011 e em todos os outros anos que estão por vir para que eu seja pelo menos um pouco feliz e que faça feliz quem eu amo, nem que seja por obrigação.
Não tenho medo de luta, nem de desafios, muito menos de cara feia. Estou profundamente compromissado com o ano que está por vir. Para a infelicidade de alguns, mas não à custa deles, farei de 2011 um ano positivo, um ano produtivo, de muitas lutas, mas também de muitas conquistas. É isso que eu prometo aos que me querem bem.
Só não prometo ser plenamente feliz, se é que existe felicidade plena.
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