Sociologia
Capitalismo: A realidade da desigualdade, fome e injustiça social -
Quem quer dinheiro?
Essa contradição do Capitalismo é o que mais me tira do sério. Não tem como ficar tranquilo com a desigualdade que afunda famílias inteiras, e constituir a base de um sistema econômico. Concentração de renda e monopólio são consequências muito tristes. Os que apenas perseguem sua própria fortuna e seu sucesso individual são cegos, ignorantes ou indiferentes (para não dizer egoístas). Fácil embarcar na onda do luxo e do glamour. É muito fácil aplaudir os ricos e sonhar com o sonho que é socialmente compartilhado. Quem duvida que ter uma vida como a da foto abaixo não é digno de aplauso pela maioria da população?
O que ninguém fala ou critica é o resultado social da concentração de renda. O quanto o sistema econômico Capitalista é em sua origem desigual e como consequência, é exatamente a concentração de grandes fortunas que leva, em grande medida, milhões de pessoas a viver na miséria (ver post anterior sobre a meritocracia). E que os detentores dessas grandes somas de dinheiro e bens, sejam livres para escolher onde e como reinvestir esse dinheiro, inclusive explorando os que precisam de um salário mínimo para sobreviver. Assim, é possível entender que o sistema se fecha de forma exemplar. Quem possui grandes somas de dinheiro, mantém bilhões de pessoas sem direito ao acesso, podendo pagar o mínimo, ou menos que o mínimo, na contratação dessa massa de miseráveis.
A foto ao lado apresenta dados alarmantes da desigualdade revelada recentemente. Mas não simplifiquem minha critica ao sistema econômico (me chamando de comunista, PeTralha, vai para Cuba, etc). Identifico o problema da concentração de renda um problema central na construção real de um mundo mais justo e igualitário. Acho que precisamos urgentemente repensar nossa postura de vida.
Talvez pense assim por não ter nascido em família rica, por ter visto desde cedo que dinheiro e fama não é só glamour e festa, mas o medo constante de ser sequestrado, assaltado, cercado de pessoas falsas e interesseiras, sem falar no medo constante de ficar pobre e viver a vida que o rico tenta constantemente esquecer e esconder. O peso de ter dinheiro, de ter fama como mostram os filmes e as novelas são apenas parte da verdadeira história. Vejam quem são os maiores consumidores de drogas caras, de bebidas e vejam o quadro clínico dos mais "afortunados".
E desta busca superficial de existência não me trouxe nenhum encanto que seja maior que a alegria de lutar por um mundo mais justo. Isso pode ser chamada de uma postura ideológica, mas a postura dos ricos, falsos ricos ou sonhadores da riqueza, é da mesma forma, ideológica. A diferença está na consciência que temos com o resultado da nossa ideologia na prática, no coletivo.
Fecho esse texto apontando para a realidade da tua própria existência. O que te faz viver, trabalhar e consumir? Conforto? Tranquilidade? Se sua busca forem essas, talvez tirar todo o foco do dinheiro e apontar para o tipo de profissão, profissional e cidadão político que você é, acredito que a mudança de foco possa te trazer mais rapidamente conquistas neste e em outros sentidos. Seguir cegamente o sonho superficial das grandes fortunas, talvez seja um jogo com regras que você não conhece, acha que sonha e pouco terá chance de realmente conhecer. Assistam essa ótima entrevista com Zygmunt Bauman, para ampliar nossa visão sobre o atual quadro de desigualdade e consumo no mundo, segundo ele: Nós hipotecamos o futuro,
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