Comte, com a teoria positivista, consolida de vez o pensamento de Descartes e Bacon. Para ele é necessário deixar para trás estágios anteriores de conhecimento: o teológico e o metafísico, para que a filosofia positiva se torne hegemônica.
É marcante em sua obra o ideal de organização, sendo esse um pré-requisito para o bom funcionamento da mente e da ciência a fim de atingir a verdade. Essa organização se estende até à classificação das ciências em uma ordem, da mais geral e simples (astronomia) à mais específica e complexa(física social).
Comte destaca a importância de um ensino nos moldes positivista, no qual noções de leis gerais como as da astronomia e física são úteis ao entendimento da ciência como um todo. Ciência para Comte é buscar exatamente essas leis naturais que regem as coisas e propõe a criação da física social, a ciência que buscaria conhecer as leis que regem as interações sociais, principalmente as relações políticas.
Segundo essa ciência social, o progresso material é o que importa e ele só é obtido com a organização do corpo social. Cada célula desse corpo desempenha uma função, e o objetivo final é o progresso. O indivíduo, portanto, precisa ter noção da importância de seu ofício para o funcionamento da máquina social. Sentindo-se parte integrante da máquina, e para isso utiliza-se da educação positiva, o indivíduo não questiona sua posição social.
Grandes progressos científicos e materiais foram possíveis graças à concepção positivista, ela chega em um momento no qual a efervescência da ciência e da produção necessitam de ordem. Hoje, no entanto, o positivismo é bastante criticado por diversos motivos, entre eles a importância excessiva dada ao progresso material e ao condicionamento de desigualdades. É inegável, porém, a importância histórica dessa filosofia que influencia a organização do pensamento até hoje.