UNCTAD
Os três passos políticos para enfrentar a crise, segundo a ONU
A comunidade global deve reconhecer que num mundo interdependente, país algum pode agir isoladamente. Não é possível para todos os países gerarem mais superávit primário ou melhorar sua competitividade internacional ao valorizar sua moeda ou cortar custos. O avanço de uma nação é o recuo de uma outra. A cooperação global e a regulação são imperativas. A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) sugere três passos iniciais para isso.
> LEIA MAIS | Economia | 30/10/2008
• Risco de deflação é maior que o de inflação, alerta Unctad
HAZEL HENDERSON
O circulo vicioso do sistema bancário
Atualmente, uma vez mais os contribuintes dos Estados Unidos, da Europa e Ásia estão sendo forçados a recapitalizar os bancos. Agora vem à luz que a realidade financeira é o contrário do que os economistas nos quiseram fazer crer: vemos que os bancos sempre receberam dinheiro dos contribuintes através dos bancos centrais para emprestá-lo, a juros, aos próprios contribuintes.
> LEIA MAIS | Economia | 29/10/2008
JUAN SOMAVIA
Número global de desempregados pode passar de 200 milhões
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez uma primeira estimativa do impacto da crise sobre a vida cotidiana das pessoas em todos os níveis da sociedade. O número global de desempregados poderá aumentar em 20 milhões, daqui ao fim de 2009 – ultrapassando o número de 200 milhões de desempregados no mundo pela primeira vez
na História.
> LEIA MAIS | Economia | 28/10/2008
RICARDO CARNEIRO
Um Banco Central peculiar
A todos, exceto os beneficiários de sempre, deve estar ocorrendo perguntar o que nos torna tão particulares a ponto de irmos na contra-mão das decisões dos principais bancos centrais do mundo, cuja atitude, diante da ameaça de uma crise de grande intensidade, tem sido a de reduzir suas taxas de juros básicas. A análise é de Ricardo Carneiro.
> LEIA MAIS | Economia | 30/10/2008
• A crise e a regulação do sistema financeiro
SUSAN GEORGE
"Devemos pensar grande"
Susan George é conhecida por suas críticas aos dirigentes da globalização corporativa e pelos livros combativos sobre a fome, o desenvolvimento e a dívida dos países pobres. Agora, argumenta, podemos aprender lições do início dos anos 40 para transformar nossas economias esfaceladas e interromper a mudança climática antes que seja tarde.
> LEIA MAIS | Internacional | 24/10/2008
PAUL SINGER
A relação entre as finanças e a economia da produção e do consumo
Para superar a crise financeira e impedir que ela lance a economia real em recessão, é essencial que o crédito seja restaurado, o que possivelmente exigirá uma intervenção efetiva do poder público nos bancos. Se os governos não fizerem isso, é provável que o dinheiro público injetado nos bancos seja entesourado, porque é o que todos os agentes privados fazem enquanto o pânico perdura.
> LEIA MAIS | Economia | 23/10/2008
LUIZ GONZAGA BELLUZZO
“Cortar gasto público? Foi essa
receita que empurrou a Alemanha para o nazismo em 1933”
Diante da crise que se aprofunda, o economista e professor titular da Unicamp sugere um tripé para preservar a economia brasileira: estatização do crédito, defesa das reservas cambiais e expansão do investimento público. O governo, adverte Belluzzo, está sendo acossado pela demência de um certo pensamento econômico que pode imobilizá-lo. "O governo brasileiro não pode sacrificar o PAC em nome de uma religião de superávit primário".
> LEIA MAIS | Economia | 22/10/2008
• "A palavra que falta dizer é estatização do crédito"
• Os antecedentes da tormenta
JEFFREY SACHS
Taxa Tobin, combate à pobreza e à destruição ambiental
Se os líderes políticos focarem apenas na estabilidade do setor financeiro, mas negligenciarem os problemas de fornecimento energético de longo prazo, a mudança climática, a produção de alimentos, o controle de doenças e a pobreza extrema, então o crescimento global será restaurado no curto prazo, apenas para sucumbir de novo e rapidamente, diz o economista Jeffrey Sachs.
> LEIA MAIS | Economia | 22/10/2008
PAUL KRUGMAN
Nobel de Economia defende aumento de gastos públicos contra a crise
Para enfrentar a ameaça de degradação social, desemprego e recessão, em função da crise financeira, o Prêmio Nobel de Economia propõe fortes investimentos em políticas públicas nas áreas de saúde e seguridade social, aumento dos impostos para os mais ricos e fortalecimento do poder de negociação dos sindicatos. Para Krugman, o aumento do poder dos sindicatos permitiria aumentar o número de empregos e a renda destinada à classe média
> LEIA MAIS | Economia | 22/10/2008
IMMANUEL WALERSTEIN
Depressão, uma visão de longo prazo
Estamos nos movendo em direção a um mundo protecionista. Estamos nos movendo para um papel muito maior do governo na produção. Mesmo os EUA e a Grã Bretanha estão nacionalizando parcialmente os bancos e as grandes empresas moribundas. Nos dirigimos a uma distribuição conduzida pelo governo, que pode assumir modos social-democratas à centro-esquerda ou formas autoritárias de extrema direita.
> LEIA MAIS | Economia | 22/10/2008
OLGÁRIA MATTOS
O “New Deal” de hoje passa pela redução da jornada de trabalho
É sugestivo do grau de entorpecimento intelectual que embala a vida interna das universidades e dos partidos políticos, que parta de uma filósofa, e não de economistas, a incisiva proposição de luta para devolver ao trabalho a centralidade que ele ainda deve ter nas relações sociais neste início de século XXI. Leia entrevista com Olgária Mattos.
> LEIA MAIS | Economia | 21/10/2008
FERNANDO CARDIM
"Será preciso repensar um projeto
para o país"
O Brasil tem alguns trunfos significativos para enfrentar a crise. Ao contrário de muitos países da periferia do capitalismo, a escala do mercado interno e a existência de uma base industrial ampla e sofisticada dá boa margem de manobra à economia brasileira. Mas é preciso realmente ativar essas potencialidades, defende o economista Fernando Cardim, professor da UFRJ.
> LEIA MAIS | Economia | 20/10/2008
PAUL VIRILIO
“O crash atual representa o acidente integral por natureza”
Há trinta anos o filósofo Paul Virilio analisa as catástrofes como a conseqüência inelutável do progresso técnico. Ele vê na crise financeira o exemplo mais acabado de sua tese, na qual as vítimas não são mais os mortos, mas os milhares de desabrigados que perdem suas casas.
> LEIA MAIS | Economia | 19/10/2008
DUAS CRISES, A MESMA CAUSA
A crise econômica é pequena em comparação com a falência ambiental
No dia 10 de outubro, Pavan Sukhdev, economista do "Deutsche Bank", líder de um estudo europeu sobre ecossistemas, relatou que, só com a devastação florestal, estamos perdendo em capital natural valores entre 2 e 5 trilhões de dólares por ano. As perdas acumuladas até agora pelo setor somam algo entre 1 e 1,5 trilhões. A análise é de George Monbiot.
> LEIA MAIS | Economia | 19/10/2008
CRISE FINANCEIRA
O caso britânico (II): As lições da crise
Um cartaz no escritório da Riverside Credit Union, uma empresa britânica de crédito com características de cooperativa, anunciava, orgulhosamente, entre outras vantagens, que a empresa pagava em dia seus clientes e não investia em ações na Bolsa de Valores. A mesma mensagem se lê no site da Riverside Credit: "Nossa empresa é como um banco, só que melhor". A análise é de Flávio Aguiar.
> LEIA MAIS | Economia | 15/10/2008
• Leia mais: O caso britânico (I): A direção da globalização vai mudar
• A semântica da crise
• O complexo de Titanic e a crise financeira mundial
• A força das nações
BERNARDO KUCINSKI
A conta da crise já chegou aos trabalhadores
Nem a crise é igual para todos. Parte das perdas bilionárias dos fundos de pensão nunca será recuperada. No Brasil, as perdas totais dos 350 fundos de pensão complementar superaram até outubro os R$ 40 bilhões, segundo a Secretaria de Previdência Complementar. Salvou-nos de um desastre maior, a demora do governo em autorizar os fundos a aplicar no exterior.
> LEIA MAIS | Economia | 14/10/2008
• A derrocada dos bancos americanos e seus efeitos no mundo
JOSÉ SARAMAGO
Onde está a esquerda?
No dia 1° de outubro, o escritor português provocou: "Imaginei, quando há um ano rebentou a burla cancerosa das hipotecas nos Estados Unidos, que a esquerda, onde quer que estivesse, se ainda era viva, iria abrir enfim a boca para dizer o que pensava do caso. Passou-se o que se passou depois, até hoje, e a esquerda, covardemente, continua a não pensar, a não agir, a não arriscar um passo". Segue aguardando resposta.
> LEIA MAIS | Política | 14/10/2008
NOAM CHOMSKY
A cara antidemocrática do capitalismo
A liberalização financeira teve efeitos para muito além da economia. Há muito que se compreendeu que era uma arma poderosa contra a democracia. O movimento livre dos capitais cria o que alguns chamaram um “parlamento virtual” de investidores e credores que controlam de perto os programas governamentais e “votam” contra eles, se os consideram “irracionais”, quer dizer, se são em benefício do povo e não do poder privado concentrado.
> LEIA MAIS | Política | 13/10/2008
NOURIEL ROUBINI
Revisitando os 12 passos para o desastre financeiro
Em fevereiro deste ano, o economista Nouriel Roubini escreveu um artigo resumindo como a crise norte-americana iria se tornar mais severa e virulenta, podendo levar a um derretimento dos mercados financeiros e a uma recessão severa. Roubini começou a prever a catástrofe no mercado dos derivativos imobiliários há cerca de quatro anos. Foi chamado de louco e ridicularizado pelos oráculos de Wall Street.
> LEIA MAIS | Economia | 12/10/2008
ESPECIAL - FRANÇOIS CHESNAIS
O capitalismo tentou romper seus limites históricos e criou um novo 1929, ou pior
"Não quero parecer um pastor com a sua Bíblia marxista, mas quero ler uma passagem de O Capital: o verdadeiro limite da produção capitalista é o próprio capital; é o fato de que, nela, são o capital e a sua própria valorização que constituem o ponto de partida e a meta, o motivo e o fim da produção. O meio empregado - desenvolvimento incondicional das forças sociais produtivas - choca constantemente com o fim perseguido, que é um fim limitado: a valorização do capital existente". Leia a íntegra da palestra do economista francês François Chesnais feita em setembro, em Buenos Aires.
> LEIA MAIS | Economia | 09/10/2008
MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES
"Entupiu o sistema circulatório do capitalismo. Precisa agir rápido, antes que ocorra a trombose"
Em entrevista à Carta Maior, a economista Maria da Conceição Tavares fala sobre a crise. “As autoridades monetárias de todo o mundo têm que intervir rápido, antes que se forme a pior das bolhas, a de pânico, que é essa que está em curso", adverte. Para ela, o Brasil tem algumas vantagens importantes para enfrentar a crise, entre elas a existência de três fortes bancos estatais e pelo menos três grandes empresas públicas de peso, salvas do ciclo de privatizações desfechado pelo governo anterior. Isso dá ao governo instrumentos para intervir fortemente no mercado.
> LEIA MAIS | Economia | 08/10/2008
WALDEN BELLO
Tudo o que você quer saber sobre a crise mas tem medo de não entender
O que causou o colapso do centro nevrálgico do capitalismo global? O pior já passou? O que a crise de superprodução dos anos 70 tem a ver com os acontecimentos recentes? Qual a relação entre a política de reestruturação neoliberal, adotada para superar a crise de superprodução, e o colapso de Wall Street? Como se formam, crescem e explodem as bolhas e como se formou a atual bolha imobiliária? Walden Bello, professor de ciências políticas e sociais, oferece algumas respostas a tais questões.
> LEIA MAIS | Economia | 07/10/2008
CAPITALISMO EM CRISE
O pânico nos mercados após o Plano Paulson
Desde outubro de 2007, quando os índices da bolsa começaram a cair, já se sabia que estava iniciando uma situação financeira crítica. A pergunta que todos se faziam era: quão crítica é essa situação? A outra pergunta era se teria relação com a economia real ou não. Vinte bancos ficaram expostos aos riscos dos derivados creditícios relacionados a hipotecas. Dez deles já desapareceram.
> LEIA MAIS | Economia | 06/10/2008
A ESTRATÉGIA DO MEDO
Algumas coisas que a mídia não diz sobre a crise nos EUA
Em um artigo intitulado "Querem nos meter medo", o cineasta Michael Moore (foto) conta como centenas de milhares de pessoas entupiram os telefones e correios eletrônicos dos congressistas dos EUA contra a lei proposta pelo governo Bush para salvar os bancos em crise. E aponta como Wall Street e seu braço midiático (as redes de TV e outros meios) seguem com a estratégia de atemorizar a população.
> LEIA MAIS | Economia | 01/10/2008
ENTREVISTA: ERIC HOBSBAWM
A crise do capitalismo e a importância atual de Marx
Em entrevista a Marcello Musto, o historiador Eric Hobsbawm analisa a atualidade da obra de Marx e o renovado interesse que vem despertando nos últimos anos, mais ainda agora após a nova crise de Wall Street. E fala sobre a necessidade de voltar a ler o pensador alemão: “Marx não regressará como uma inspiração política para a esquerda até que se compreenda que seus escritos não devem ser tratados como programas políticos, mas sim como um caminho para entender a natureza do desenvolvimento capitalista”.
> LEIA MAIS | Política | 29/09/2008
JOSEPH STIGLITZ
A crise de Wall Street equivale à queda do Muro de Berlim
Para o prêmio Nobel de Economia de 2001, a crise financeira que atingiu Wall Street e os mercados financeiros de todo o mundo equivale, para o fundamentalismo de mercado, ao que foi a queda do Muro de Berlim para o comunismo. "Ela diz ao mundo que esse modelo não funciona. Esse momento assinala que as declarações do mercado financeiro em defesa da liberalização eram falsas", diz Stiglitz.
> LEIA MAIS | Economia | 25/09/2008
CAPITALISMO EM CRISE
O resgate de todos os resgates: golpe de Estado cleptocrata nos EUA
O governo dos EUA mudou radicalmente o caráter do capitalismo norte-americano. Trata-se, nem mais nem menos, de um “golpe de Estado” a favor da classe que Franklin Delano Roosevelt chamava de “bancgsters”. O que aconteceu nas últimas semanas pode alterar o curso do século que começa de maneira irreversível. Estamos diante da maior e mais desigual transferência de riqueza desde que se presentearam terras aos barões das ferrovias na era da Guerra Civil. A análise é de Michael Hudson.
> LEIA MAIS | Economia | 22/09/2008
• O fundo político da atual crise econômica
ESTADOS UNIDOS
O naufrágio do centro do mundo: entre a recessão e o colapso
A imensidão do desastre em curso, o radicalismo das rupturas que pode gerar, muito superiores às causadas pela crise iniciada em 1914, gera reações espontâneas de negação da realidade nas elites dominantes, nos espaços sociais conservadores e para além deles. Mas a realidade da crise está se impondo. Nos centros de decisão econômica, a incerteza vai se transformando em pânico. A análise é de Jorge Beinstein.
> LEIA MAIS | Economia | 12/05/2008
• No início da segunda etapa da crise global
BOLHA NATIVA
Especulação gera "tombo" de US$ 30 a US$ 40 bi no Brasil
A versão brasileira da "ganância infecciosa" é pedagógica. Ela contaminou mesmo os ícones do empresariado produtivo nacional e ajuda a entender a mecânica da lógica especulativa que se espalhou pelo planeta, graças à supremacia dos mercados financeiros desregulados que agora derretem.
> LEIA MAIS | Economia | 12/10/2008
CRASH DE 2008
A exumação do discurso neoliberal na mídia (I)
A endogamia entre a mídia brasileira e as forças políticas do conservadorismo, uma parceria que impôs ao país uma agenda "de reformas" para liberar os mercados e submeter a sociedade, não é um fato isolado e ocorreu em praticamente toda a América Latina. Em 2003, por exemplo, a revista Veja publicou uma edição especial saudando os "campeões do neoliberalismo", Margareth Thatcher e Friedrich von Hayek.
> LEIA MAIS | Economia | 13/10/2008
A ESQUERDA EM DEBATE
República e Socialismo, também para o século XXI
É faticamente possível e eticamente desejável um mundo que supere a monstruosa constituição da vida econômica do capitalismo tardio, onde uma pequena elite se arroga ao poder de organizar, despótica e irracionalmente, a produção mobilizando – ou, alternativamente, deixando parados – milhões de despossuídos. A percepção da própria debilidade não é desculpa para não tomar a iniciativa, segundo deixou assentado o modesto realismo do Galileu de Bertolt Brecht: “Quando a verdade está demasiado débil para defender-se, tem-se de passar à ofensiva”. O ensaio é de Antoni Doménech.
> LEIA MAIS | Política | 06/10/2008
"HÁ SINAIS DE GOVERNO?"
Capitalismo vive seu Ensaio sobre a Cegueira
No cinema e no romance não há forças de redenção para a anomia descrita por Saramago. Algo semelhante parece ocorrer nesses dias marcados por um certo conformismo bovino na fila do matadouro. Reside aí, talvez, a verdadeira dimensão sistêmica da crise. Não se trata apenas de um atributo de abrangência econômica, mas sim da virtual incapacidade política de seus protagonistas para acionar uma mudança de rumo.
> LEIA MAIS | Economia | 03/10/2008
STIGLITZ, ROUBINI E GALBRAITH x PAULSON E BUSH
"Não financiar as idiotices de Wall Street"
Três renomados economistas norte-americanos - Joseph Stiglitz, Nouriel Roubini e James K. Galbraith, filho do celebrado John K. Galbraith - polemizam com o governo Bush em torno da concepção de seu plano para o sistema financeiro. Para eles, o plano original equivale a privatizar os lucros e socializar as perdas.
> LEIA MAIS | Economia | 03/10/2008
CAPITALISMO EM CRISE (I)
A farra financeira consensuada pelas elites
Enquanto a mídia corporativa brasileira fala em crise, há décadas ativistas e intelectuais denunciam caráter explorador do sistema financeiro. Enquanto especuladores e banqueiros alimentam-se da desordem mundial da globalização financeira, trabalhadores em todo o planeta arcam com custos da “economia de cassino” dos EUA.
> LEIA MAIS | Economia | 24/09/2008