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Sociologia
Desemprego
...um fenómeno da atualidade!
A meu ver, não existem dúvidas quanto ao facto de o desemprego se afigurar como um dos maiores fenómenos sociais do momento. Quase todos os dias os jornais remetem-nos, através das suas notícias, para a mesma realidade: o aumento do desemprego e, consequentemente, o aumento do número de famílias que perdem as suas casas ou que recorrem a instituições de solidariedade social. Mas não são só os jornais que nos colocam perante tal realidade. Basta-nos uma ida, pela manhã, a um centro de emprego para percebermos que de facto o número de pessoas desempregadas apresenta-se muito elevado. Sendo o desemprego um fenómeno que marca a atualidade da sociedade em que vivemos, passo de seguida a alguns esclarecimentos acerca do mesmo.
O que é o desemprego?
De um modo geral, o fenómeno de desemprego é equiparado à ausência de trabalho. Contudo, esta sua definição mais genérica apresenta-se redutora, uma vez que não explica o caso daqueles indivíduos que possuem a identidade institucional de desempregado sem o serem na realidade, pelo facto de desenvolverem trabalho clandestino. Neste sentido, torna-se mais correcto definir o desemprego como uma situação ligada à ausência de emprego ou de trabalho regulado por um contracto que institucionaliza o trabalho em emprego.
Quem são os desempregados?
O Instituto Nacional de estatística define como desempregados todos os indivíduos que não têm um emprego e estão imediatamente disponíveis para trabalhar, dos quais: nunca trabalharam (primeiro emprego) e já trabalharam (procura de novo emprego). A diferença entre ambos os tipos de desempregados, reside no facto de os primeiros contarem apenas para o registo estatístico da taxa de desemprego, sendo que não recebem o subsídio de desemprego pelo facto de não terem nenhum emprego previamente registado; já os segundos, contam tanto para o registo estatístico como recebem o subsídio, sendo que, como procuram novo emprego, já têm registo de um emprego prévio.
Que tipos de desemprego existem?
Em termos económicos, pode-se falar em três tipos de desemprego: o friccional, o estrutural, e o cíclico.
- O desemprego friccional ocorre devido ao movimento, sem fim, de pessoas entre regiões e empregos ou nas diferentes etapas do ciclo da vida. Pelo facto de os desempregados ficcionalmente, estarem a mudar constantemente de emprego, ou a procurar empregos melhores, são considerados como desempregados voluntários.
- O desemprego estrutural remete-nos para um desequilíbrio entre a oferta e a procura de trabalhadores. Os desequilíbrios podem acontecer porque a procura para um tipo de trabalho está a aumentar, enquanto a procura de um outro tipo está a diminuir e as ofertas não se ajustam rapidamente.
- O desemprego cíclico ocorre quando a procura global de trabalho é diminuta. Este tipo de desemprego, ocorre durante as recessões, quando o desemprego cai em resultado de um desequilíbrio entre a oferta e procura agregadas.
Quais as causas do desemprego?
De entre as causas mais enunciadas, pode-se referir: o desenvolvimento tecnológico, a globalização, a terciarização, a desindustrialização, o excesso de concentração de renda e os modernos métodos de gestão.
Quais as formas de combate ao desemprego?
De entre as medidas de combate ao desemprego mais enunciadas, pode-se referir: a facilitação do consumo e do crédito, o incentivo ao investimento privado, a implementação de políticas fiscais e monetárias adequadas, a flexibilização do mercado de trabalho, o trabalho compartilhado, a requalificação dos recursos humanos, entre outras possibilidades.
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