Razão X Emoção
Sociologia

Razão X Emoção


Ao analisarmos o texto ?A solidariedade devida à divisão do trabalho ou orgânica?, de Émile Durkheim, podemos constatar o embate existente entre a razão e as paixões, sobretudo, em relação à nossa sociedade moderna. Partindo desta análise dual entre emoções e racionalidade, Durkheim expressa, nesta obra, sua visão a respeito do Direito em nosso meio social.

É comum escutarmos pessoas dizendo que os homens, sobretudo os do século XXI, são caracterizados por sua racionalidade. Esta afirmativa não deixa de ser parcialmente verdadeira: o homem moderno realmente se vale da razão em muitos aspectos da vida cotidiana. No entanto, o ser humano não pode ser analisado como um ser completamente racional: vemos as paixões humanas guiando muitos de nossos comportamentos atuais.

Disponível em :< http://www.flickr.com/photos/palpites/>. Acesso em: 29 ago. 2011.

Essas atitudes, provenientes da emoção humana, figuram constantemente em nossos noticiários. Vários exemplos podem ser dados: a morte de homossexuais, simplesmente, por serem diferentes; a violência em relação a assaltantes e ladrões por parte da população que presenciou o roubo; o emblemático caso da estudante da Uniban, Geisy Arruda, que quase foi fisicamente agredida pelos colegas por usar roupas curtas na faculdade.

Ou seja: o homem moderno ainda se vale muito do seu lado emocional. No entanto, a sociedade não seria conduzida justamente e de maneira organizada se as relações humanas fossem permeadas apenas pela emotividade. E é aí que entra a ideia durkheiminiana de que o lado racional do homem moderno deveria se sobrepor ao seu lado emotivo, com a razão dominando os sentimentos, sobretudo no que se refere ao Direito.

Disponível em: <http://tecendominhasasas.blogspot.com/2010/06/razao-x-emocao.html>. Acesso em: 29 ago. 2011.

Diante da análise feita acima, podemos facilmente compreender a visão de Direito que Durkheim tenta expressar em sua obra. A ideia de um Direito que deve se pautar pelo concreto, pelas provas, pelo real e não pelo sentimento das partes, dos juízes, dos promotores ou dos advogados. Durkheim vê, portanto, o Direito como aquele que deve garantir a organização da nossa sociedade moderna, sempre tendo a razão e a técnica como base.




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