Crescemos em um meio que nos influência a possuir uma conduta baseada em toda a Teologia, nos valores e ensinamentos de uma Igreja. Com o passar do tempo, começamos a absorver traços de uma Metafísica que conduz quase todos os campos de nossa vida.
E apesar de Comte se basear em uma ciência e não legitimar nada que não seja também uma ciência, em seu pensamento é necessário que se passe por estágios como a Teologia e a Metafísica, para assim estar maduro e assumir a postura considerada por ele ideal para cada ?peça do sistema?.
Passamos então a entender nosso papel dentro de um mecanismo maior, e compreender a importância das ações por nós realizadas. Na forma idealizada por Comte, manter-se em seu lugar, fazendo o que a ti é deferido, é sua forma de contribuir para o progresso esperado. Para manter a ordem que encaminha a evolução, medidas diretas e indiretas são tomadas, conduzindo cada cidadão a entender de forma favorável ao TODO a sua falta de mobilidade.
Direitos palpáveis são dados a classe trabalhadora, como forma de mantê-la saudável e funcionando de forma que não prejudique o andamento quase que maquinal das sociedade. Porém, direitos metafísicos, como o de desejar algo melhor, almejar um outro rumo não se faz necessário diante da teoria de Comte, já que para ele uma possível mudança de posição é tida como desordem, ou seja, avesso ao avanço.
Porém, o Positivismo não é de todo ruim, visto que é praticamente pioneiro na ação de estudo minucioso da sociedade e no seu entendimento. Fato que contribui para o surgimento de preocupações que antes poderiam estar ocultas.
O fato é que, apesar de fortes críticas a ele tecidas, traços Positivistas estão presentes ainda hoje, seja por herança de um governo inspirado em tais idéias, ou até mesmo por uma lógica inconsciente que também mantém como ideal o modelo defendido por Augusto Comte.
(Referente à aula de 29/04)