Todos por um!
Sociologia

Todos por um!




Sim. Todos por um. Não é mesmo verdade? Todo o contingente de trabalhadores empurrados para as fábricas. Sim. Eles são obrigados a trabalharem oito, doze, quatorze, dezesseis horas por dia por apenas uma razão: a razão do capital. Não pensem que trabalham com boa vontade. Não que sejam preguiçosos ou que não queiram dar o melhor de si. Na verdade eles estão exaustos. Olhe para seus rostos. Posso ver neles o sinal da fadiga.  Trabalham em péssimas condições a troco de algumas migalhas, na qual o capitalista chamou de ?salário?. Trabalham por necessidade. Necessidade não. Sobrevivência. Sua e de suas famílias. Na lógica do capital está tudo certo. Contanto que seus lucros não reduzam não há razão para se preocupar. ?O que seria deles sem o emprego??, diz o burguês. Sem eira nem beira eles caminham.



Olhe agora pela janela. Do lado de fora da fábrica também há homens, mulheres, jovens, velhos e crianças. Mas o que eles querem? Ah, eles também querem emprego, pois com o trabalho eles carregam a esperança de viver. ?É uma pena que nem todos tenham a oportunidade de usufruírem de nossas modernas instalações fabris, mas é melhor assim. O operário que ousar reclamar, murmurar ou reivindicar será expulso e contrataremos outro?, pensa o industrial. ?Mas também quem precisa destes homens? Agora temos máquinas. Elas não fazem greve, não reclamam seus direitos, não comem, não se cansam, não ficam doentes e ainda por cima aumentam nossos lucros. Isto é uma maravilha!?



E assim vai a multidão de homens arrastando suas famílias. A lógica é ?todos por um?, mas e a parte A do ditado ?um por todos?? Não seria bom se o capitalista ou o Estado fosse por nós? É, mas este sonho está bem longe de chegar. Enquanto o dinheiro valer mais que os seres humanos, isto não vai acontecer. Resta apenas uma esperança...

?O trabalho do pobre é a mina do rico.? (John Bellers)


Grupo 5: A máquina, a produtividade e a condição humana.

Juliana Paco
Bárbara Piraí
Jamile Nardi
Suellem Bueno
Samara
Daniele Lopes (Diurno)




loading...

- A Ambição Do Proletariado
Filha de pai proletariado e mãe burguesa, acredito ter presenciado em diversos momentos da minha vida a tão famosa luta de classes. Muitas vezes, vi meu pai reclamar de questões do seu trabalho, como salário, carga horária, exploração e falta de...

- A Máquina No Centro De Tudo
      A relação entre a produtividade do trabalho e a condição humana é algo extremamente debatido atualmente, já que existe uma onda intelectual que visa levar os direitos humanos a todos extremos do planeta. Entretanto, nem sempre...

- Malatesta - Anarquismo E Anarquia.
Há indivíduos fortes, inteligentes, apaixonados, [...] que, encontrando-se por acaso entre os oprimidos, querem, a qualquer custo, emancipar-se e não se ofendem em transformar-se em opressores: indivíduos que, sentido-se prisioneiros na sociedade...

- Família Como Fonte De Lucro
A inovação dos meios de trabalho através da mecanização dos meios de produção, na época da Revolução Industrial, acarretou mudanças drásticas nas famílias dos trabalhadores. Com a inclusão de máquinas-ferramentas na indústria, o trabalho...

- Operário X Máquina
Como qualquer desenvolvimento das forças produtivas de trabalho, a máquina, na produção capitalista, tem por fim baratear as mercadorias, mas também prolongar a jornada de trabalho que o operário dá gratuitamente para o capitalista. A máquina...



Sociologia








.