Weber considera ciência e política duas vocações distintas, sendo que a primeira não apresenta características que possam servir para aplicação na prática. O autor faz uma crítica ao dogmatismo do materialismo histórico, pois acredita que este tenta chegar à explicação de um fenômeno histórico apenas utilizando-se a análise das forças econômicas. Deste modo, atribui a responsabilidade, genericamente, a estas forças e desconsidera as demais.
O autor define o objeto sócio-econômico sob três âmbitos, o especificamente econômico, o economicamente condicionado e o economicamente relevante. A ação social é decidida a partir da escolha de valores, isto é, o indivíduo faz um balanceamento entre os valores envolvidos e opta pelo que é mais importante para ele.
Além disso, Weber classifica a ação social em quatro tipos. A primeira é a ação racional com relação a um objetivo, que consiste na estipulação de uma meta e no movimento para que esta seja atingida. A segunda é a ação racional com relação a um valor, o qual é defendido acima de qualquer outro. A terceira é a ação afetiva, que é concebida através do sentimento do indivíduo. E a quarta é a ação tradicional, definida por crenças, por exemplo.
Por fim, outra concepção do autor é a do tipo ideal, o qual é construído a partir da analise do real. Porém, este tipo não representa algo correto, que deve ser, mas algo possível de ser alcançado no mundo real. Deste modo, trata-se de uma ferramenta que auxilia no estudo científico.