Sociologia
Encadeamentos fatídicos derivados do funcionalismo de Durkheim
Às vezes estamos e não sabemos. Seja por acidente ou intencional, não podemos fazer nada a respeito...
Uma mulher em Paris estava indo fazer compras mas ela esqueceu seu casaco e voltou para pegá-lo. Quando ela pegou seu casaco, o telefone tocou e ela resolveu atender e conversou por alguns minutos. Enquanto ela falava ao telefone, Daisy estava ensaiando para uma apresentação no Ópera House de Paris. Enquanto ela ensaiava, a mulher, após o telefonema, saiu para pegar um táxi mas esse fora tomado por um homem que passava por ali naquele instante.
O taxista deixou o passageiro mais cedo e parou para tomar uma xícara de café. Enquanto isso, Daisy estava ensaiando. E este taxista, que deixou o passageiro mais cedo e tinha parado para tomar uma xícara de café, pegou a mulher que estava indo fazer compras que não pegou o táxi mais cedo. O táxi teve que parar porque um homem atravessou a rua saindo do trabalho saindo do trabalho cinco minutos mais tarde do que de costume porque esqueceu de ajustar seu despertador.
Enquanto aquele homem estava atravessando a rua, Daisy terminou de ensaiar e estava tomando banho. Enquanto Daisy tomava banho, o táxi esperava pela mulher das compras que esperava por um pacote que ainda não fora embrulhado porque a moça que deveria embrulhá-lo rompeu com seu namorado na noite anterior a esqueceu.
Quando o pacote estava embrulhado, a mulher que voltava ao táxi foi bloqueada por um caminhão de entregas. Enquanto isso, Daisy estava arrumando-se. O caminhão de entregas afastou-se e o táxi pode seguir em frente enquanto Daisy, a última a se arrumar, esperava pela amiga cujo cadarço arrebentara.
Enquanto o táxi estava parado esperando o sinal abrir, Daisy e sua amiga saíam pelos fundos do teatro.
Se ao menos uma coisa tivesse ocorrido diferente. Se o cadarço não tivesse arrebentado ou se o caminhão de entregas tivesse afastado-se antes... ou se o pacote tivesse sido embrulhado antes porque a moça não rompera com seu namorado... ou se aquele homem tivesse ajustado seu despertador e acordado cinco minutos antes... ou se o taxista não tivesse parado para tomar uma xícara de café... ou se a mulher tivesse lembrado-se de pegar o casaco e pego o táxi mais cedo, Daisy e sua amiga teriam atravessado a rua e o táxi não a teria atropelado.
Eis aí a exemplificação, na cena tirada do filme 'O curioso caso de Benjamin Button', do papel essencial de cada indivíduo no funcionalismo elaborado por Émile Durkheim, seja essa contribuição para a concretização de coisas boas ou, como na cena descrita, do atropelamento de Daisy, nem tão boas assim.
Rafael dos Anjos Souza
Turma XXXII
Direito Noturno
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