Lançamento do Livro Travessias Torturadas e celebração do Dia Estadual de Combate à Tortura no Maranhão.
Sociologia

Lançamento do Livro Travessias Torturadas e celebração do Dia Estadual de Combate à Tortura no Maranhão.


Lançamento acontece 21 de março, às 15h, na Galeria Trapiche Santo Ângelo. Promoção é da SMDH
Instituído em 2008 em homenagem ao artista popular Jeremias Pereira da Silva, o Gerô ? espancado até a morte por policiais militares na data, no ano anterior ?, o Dia Estadual de Combate à Tortura é celebrado no Maranhão em 22 de março.
O combate à tortura sempre foi uma bandeira da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), entidade que completou 35 anos em 2014, fundada no bojo das lutas contra a ditadura militar brasileira e pela anistia.
Este ano a SMDH antecipa em um dia a celebração da data, que cai num sábado. No próximo dia 21 de março (sexta-feira), com o apoio da Galeria Trapiche Santo Ângelo (em frente ao Circo Cultural Nelson Brito), na Praia Grande, onde será realizado o evento, haverá o lançamento do livro Travessias Torturadas ? Direitos Humanos e Ditadura no Brasil (1964-1985), do jornalista potiguar radicado em Belém/PA Dermi Azevedo, ex-preso político. O filho de Dermi, que se suicidou em fevereiro de 2013, também foi vítima de tortura quando o pai esteve preso.
Travessias Torturadas traz um registro autobiográfico do período, lembrando duas prisões: em 1968, no 30º. Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Ibiúna, e em 1974, quando foi levado ao Presídio Tiradentes, em São Paulo, onde conheceu os freis Betto e Tito. A atuação da Igreja Católica também é comentada na obra de Dermi Azevedo, também cientista político, um dos fundadores do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
 Questão penenciária ? A celebração do Dia Estadual de Combate à Tortura não deixará de abordar a atual crise penitenciária em que o Maranhão está mergulhado desde outubro passado, cujo desenrolar é acompanhado de perto pela SMDH.
?Recentemente uma advogada da Conectas, uma das entidades peticionárias à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, esteve em Genebra, em uma audiência da Organização das Nações Unidas denunciando o caos no sistema prisional brasileiro, particularmente o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. É importante lembrar as mazelas proporcionadas pela ditadura militar brasileira através de um testemunho forte de quem viveu o período, mas não podemos esquecer que a tortura, infelizmente, ainda é uma prática em voga, um instrumento aceito para a obtenção de provas por agentes do Estado?, declarou o jornalista Zema Ribeiro, presidente da SMDH.
Na ocasião, a entidade apresentará um balanço das ações realizadas desde outubro de 2013, quando ocorreu a última rebelião sangrenta em Pedrinhas, o que ensejou a denúncia das entidades à Organização dos Estados Americanos e a emissão da Medida Cautelar 367-13.
Contracapa ? Leia o texto da contracapa de Travessias Torturadas: ?Este livro é, ao mesmo tempo, um registro autobiográfico e político do autor e um testemunho sobre os anos de chumbo no Brasil, entre os anos de 1964/1985. Esse período marcou profundamente a situação existencial de Dermi Azevedo. Ele optou, em plena juventude, por dedicar-se integralmente à luta pela dignidade humana e por uma sociedade justa, fraterna, solidária e democrática. Pagou conscientemente o duro preço de sua escolha, como relata nesse livro. Um preço mais alto ainda foi pago por centenas de brasileiros e brasileiras que se empenharam nas lutas contra a ditadura civil-militar. Eles/elas constituem o grande universo dos mortos e dos desaparecidos políticos. Este livro-memória soma-se a todos os demais relatos dos/das combatentes contra o regime. E cujas consequências nunca serão plenamente vencidas. A linha seguida pelo autor corresponde ao pensamento emitido por Danton na Revolução Francesa: ?Não tenho rancor. Tenho memória?.?
O quê: mesa de debates e lançamento de Travessias Torturadas ? Direitos Humanos e Ditadura no Brasil (1964-1985).
Quem: o jornalista Dermi Azevedo.
Quando: 21 de março (sexta-feira), às 15h.
Onde: Galeria Trapiche Santo Ângelo (Praia Grande, em frente ao Circo Cultural da Cidade).
Quanto: grátis, aberto ao público.
Maiores informações: (98) 3231-1601, 3231-1897, [email protected] / 
http://smdh.org.br/?p=947




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