Para Durkheim, cada fragmento caracterizado pelos indivíduos de uma sociedade desempenha seu papel fundamental nela. Assim como no corpo humano cada órgão desempenha sua determinada atividade a fim de manter a ordem de todo o organismo, um depende do outro. É com este modelo de análise que Durkheim analisa a sociedade. O trabalho tem função de equilibrar o coletivo, unir as pessoas. Um fato social só é explicado por outro fato social, há sempre uma conexão.
A função da divisão do trabalho para Durkheim é bastante fundamentada no funcionalismo: A quê necessidade social corresponde determinado fenômeno? Como por exemplo, comemos de garfo e faca para nos mostrar organizados, na falta deles nos vemos impossibilitados de comer, sem termos a percepção de nenhuma outra alternativa, sequer cogitando a hipótese de comer com as mãos em função da intensidade com que essa moral nos atinge. Esta é a sociologia de Durkheim, buscar a função de cada coisa. Sua maior preocupação é a coesão social, sem deixar a sociedade ?descambar?, seja pela insatisfação ou quaisquer razões.
Tudo está ligado ao todo. Nunca vamos pensar em um fato superficialmente, e principalmente isolado. Exemplo: Para quê uma pessoa estuda? Não só para o seu crescimento pessoal, mas para contribuir com o crescimento coletivo desenvolvendo pesquisas e prol de todos, ou até mesmo no âmbito comportamental. Uma pessoa provida de maiores conhecimentos tende a agir com maior ética influenciando no melhor convívio dentro da sociedade.
O sangue do nosso corpo são os laços da sociedade, nada funciona sem ele. Assim como o sangue dá a vida, o trabalho gera a solidariedade no sentido público. Essa divisão do trabalho é apenas uma civilização interna, contudo, sem deixar de ter um sentido moral. É esta moral que não nos permite ver o trabalho como algo sacrificante, mas como algo que dignifica o homem, o sentido econômico é contra esta idéia, pois leva ao individualismo.
A idéia da divisão do trabalho é a forma de ver pelo prisma da solidariedade. O que nos atrai no outro é justamente a oposição, pois buscamos o complemento, esta metáfora é utilizada para explicar a solidariedade justamente por ser uma negação de si mesmo, uma solidariedade introjetada que o indivíduo vai recebendo durante a vida, como: não mate, não roube, respeite os mais velhos, trabalhe etc. Foi a assimilação da ordem estabelecida é que se chegou à coesão.
Sendo assim, temos um corpo formado: as mãos (trabalhadores), o coração (estado que ampara), cérebro (sociedade capitalista) e o sangue que sustenta e que mantém.
Marlu Barcaroli - 1º SS diurno