Sociologia
Resumo Filosofia Informática 1º médio (2º trim)
- Em nossa vida vivemos ou presenciamos certas situações que nos afetam profundamente, como por exemplo:
- Nos indignamos com atos injustos.
- Sentimos vergonha, remorso ou culpa por um ato impulsivo.
- Nos emocionamos com atos de sacrifício, de heroísmo ou de dignidade.
- Sentimos horror diante da violência extrema.
- Todos esses sentimentos exprimem nosso senso moral.
- Senso Moral: É um sentido interno do que seja bom ou mau, certo ou errado; todas as pessoas o possuem, independente de sua índole.
- Porém, existem situações que não apenas provocam sentimentos, mas exigem uma postura, uma decisão de nossa parte, como por exemplo:
- Uma pessoa querida está com uma doença incurável, vivendo por máquinas e sofrendo dores intoleráveis.
- Uma adolescente carente descobre que está grávida e não tem condições financeiras, físicas e nem emocionais para cuidar do filho.
- Um funcionário de uma grande empresa descobre que seu chefe, a pessoa que o contratou está roubando a firma, desviando dinheiro e cobrando propina dos fornecedores.
- A pergunta que se coloca nas três situações descritas acima é: o que fazer? Desligar ou não os aperelhos? (eutanásia) Fazer um aborto ou tentar criar o filho? Denunciar ou chantagear o funcionário corrupto?
- Situações como essas nos deixam em dúvida quanto a decisão a tomar, qual é a ação correta? Elas colocam à prova nossa consciência moral.
- Consciência moral: É a capacidade de agir de acordo com os princípios morais que adoramos, é a chamada ?voz da consciência?.
- A partir disso podemos analisar melhor as definições formais de moral e ética.
- Moral: Conjunto de valores referentes ao bem e ao mal, ao certo e ao errado, válidos para todas as pessoas de uma comunidade, classe social ou um grupo de indivíduos.
- Ética: Pode ser entendida como uma reflexão cujo objetivo é discutir e interpretar o significado e a importância dos valores morais, sendo chamada de ?filosofia moral?.
- Em toda comunicação que fazemos estamos sempre nos referindo a algo, esta referência ocorre na forma de juízos, que podem ser afirmativos, negativos, interrogativos ou imperativos.
- De fato ? Enuncia a constatação de algo.
(Ex: Alice é aluna do ETIP.)
- De valor ? Enuncia o resultado de uma interpretação ou avaliação de algo.
(Ex: Alice é uma ótima aluna do ETIP.)
- Os valores expressam a maneira como nos relacionamos com o meio em que vivemos. ?Dar valor é atribuir significados.?
- Relativos ? Os valores são criações culturais, dependem da relação das
pessoas com o mundo.
- Absolutos ? São únicos, não dependem de nenhuma condição, por exemplo:
O bem, o belo, a verdade, a justiça, a felicidade,?
OBS: Os valores citados acima podem ser considerados absolutos, o que é relativo é como cada um os interpreta, cada pessoa tem sua visão de felicidade, mas o desejo por ela é universal. O mesmo ocorre com os outros valores.
- Os valores determinam nossas escolhas, ou seja, valor é a atitude de não indiferença, é você se posicionar a favor ou contra algo, é não ficar em cima do muro, é decisã
- Virtude:
- Do grego areté ? significando excelência.
- Do latim virtus ? significando força.
- Sentido geral: Capacidade ou habilidade para fazer algo.
- Sentido moral: Disposição firme e constante para a prática do bem.
- Tipos de virtudes:
- Físicas ? Força, resistência, agilidade,?
- Intelectuais ? Memória, criatividade, raciocínio lógico,?
- Teológicas ? Fé, esperança e caridade.
- Morais ? Coragem, moderação, calma, orgulho, honestidade, generosidade, justiça,?
- O oposto da virtude é o vício, podemos pecar por falta ou por excesso. Por exemplo, a falta de coragem é a covardia, e o excesso de coragem é temeridade.
- A virtude da Justiça segundo Platão:
- Texto-base: ?A República?, livro II, parágrafos 17 e 18.
- Tema - Qual é a natureza e a origem da Justiça?
- Explicado através do mito de anel de Giges, que conta a estória de Giges, o lídio que encontrou um anel da invisibilidade, com o poder do anel ele seduziu a rainha, matou o rei e se tornou o novo soberano.
- Platão usa este mito para explicar a tendência humana à prática da injustiça.
- A injustiça:
- Fazer sem punição é o maior bem.
- Sofrer sem reação é o maior mal.
· Segundo Platão, a origem das leis está no medo das pessoas de sofrer injustiças.
· Se dermos liberdade total de ação para o justo e para o injusto, os dois tentarão levar vantagem sobre os outros, pois essa é a natureza humana.
· Conclusão: Ninguém é justo por vontade própria, mas por obrigação.
- O ser humano é:
- Um animal racional, sua essência é pensar.
- Um ser de desejo, sua essência é querer.
- Desejo:
- Impulso, energia, vibração.
- Inclinação poderosa que leva à ação, apetite sensível.
- Implica sempre na falta de algo.
- Satisfação das necessidades com prazer.
- Nasce da imaginação.
- Oferece à vontade os motivos para agir.
- Vontade:
- É o ato de querer.
- É uma ação voluntária, força de vontade.
- Apetite racional, exige deliberação, avaliação.
- Nasce da reflexão.
- Educa o desejo, direciona ações e finalidades.
- Tanto o desejo como a vontade são inclinações que levam à ação, mas enquanto o desejo busca saciar um apetite sensível, a vontade se refere a uma decisão racional.
- Desejo é paixão, vontade é decisão.
- PAIXÃO: Do grego pathos, significa: sofrer, suportar, deixar-se levar.
- Se refere aos fenômenos passivos da alma.
- O oposto da paixão é a apatia (ausência de sentimentos).
- Visão negativa ? Fraqueza humana, perturbação da alma, algo que deve ser controlado.
- Visão positiva ? Faz parte da natureza humana, motiva a ação, não se pode evitar ou negar, mas pode-se compreender.
- A paixão surge independentemente da nossa vontade, isto é, não podemos ter ou não ter paixão.
- É uma inclinação incontrolável, a Razão não tem forças para controlar as paixões.
- Segundo Spinoza, uma paixão só pode ser vencida por outra paixão mais forte.
- Para os antigos gregos, a ética é um saber prático, para este saber, o agente, a ação e a finalidade de agir são inseparáveis.
- Princípios da vida moral:
- Por natureza aspiramos ao bem e a felicidade, só atingidas pela virtude (grego: areté).
- A virtude é uma força interior do caráter, consiste na escolha consciente do bem.
- A conduta ética se refere ao que é possível e desejável para nós.
- A ação virtuosa é conseguida agindo conforme a razão (que conhece o bem) e a natureza
( o Cosmos e a humana).
- Julgamos uma ação ética pelos seus efeitos materiais, ou seja, pelas consequências reais.
- Dedicar-se ao conhecimento do bem é o que determina uma atitude ética.
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